NX Zero: A afinidade e o sonho de um grupo que não para de voar

Com o lançamento do CD que já é o mais vendido do Brasil, a banda se reinventa e mostra que está pronta para conquistar o que quiser

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Foto: Jairo Rezende

Banda NX Zero comemora sucesso do novo CD

Era uma quinta-feira, chegamos às 15h na sede da Universal, um casarão em São Paulo. Na parede da sala de espera, quadros ilustrativos traziam cantores e bandas de sucesso da gravadora. Entre eles, um do NX Zero. A assessora nos pediu paciência, já que os meninos estavam ao telefone falando com um jornalista que parecia não encerrar as perguntas sobre o novo CD, Sete Chaves. Não muito tempo depois, os rapazes desceram as escadas da casa pedindo desculpas pelo atraso. Os cinco sorriam o tempo todo e não paravam de falar. Entre uma resposta e outra, eles mostravam uma afinidade e uma força que deixam claro porque o sonho do grupo está dando tão certo. O restante da conversa da banda com CONTIGO! e mais um vídeo com os bastidores, você confere logo abaixo.

Em menos de sete dias de lançamento, o novo CD de vocês, Sete Chaves, é o mais vendido do Brasil...
(Todos os integrantes da banda começam a gritar, bater palmas e comemorar!)

Como o disco foi elaborado?
Di Ferreira: Foram três meses de preparação. Dois de pré-produção e um de gravação.
Gee Rocha: Tudo começou lá em casa, mas nunca é fácil, né? Uma música boa é difícil de fazer. Então vamos aos poucos, o Di vai lá em casa, fazemos a letra juntos e por aí vai...
Di: Depois a gente leva tudo pro estúdio e a salada começa!
(todos riem)

Deste CD, qual é a música preferida de vocês?

Di: Cada um tem a sua música preferida de acordo com o momento, a minha mudou muito. Agora eu gosto mais de Só Rezo, a primeira do CD.
Daniel Weskler: Mas você falou que era Zerar e Recomeçar, agora pouco.
Di: Então, mas o momento já mudou! (risos)
Daniel: A minha é Insubstituível!
Filipe Ricardo: No momento anterior era Sem Saída, agora é Zerar e Recomeçar.
Gee Rocha: Só Rezo.
Caco Grandido: Só Rezo também.

Por que o CD chama Sete Chaves?
Di: Estávamos muito mais unidos, inclusive com o nosso produtor, o Ricky Bonadio, pra fazermos tudo, pensar cada conceito, capa, sequência, clima. É como se fosse um segredo que a gente queria falar, mas a gente gravou em vez de falar.
Gee: Até quem não gosta, fala: ''Caraca, vocês fizeram um disco bonito, um som bonito, de bom gosto!''
(todos comemoram e batem palmas)

O Di falou no Twitter que esse é o melhor CD da carreira de vocês, é verdade?
Di: Esse é o melhor porque a gente está muito feliz com o resultado. Estamos satisfeitos e os fãs também estão muito felizes com o que a gente fez, todo mundo que nos acompanha pirou e falou: ''Caramba vocês pegaram um pouco de todas as épocas e colocaram aí''. Quem não gostava antes, não sei exatamente por qual motivo, está gostando mais deste. Isso é muito louco, muito bom, por isso eu falei que é o melhor, porque é o que deixou a gente mais satisfeito.

O disco está mais rock ou é impressão minha?
Daniel: A sonoridade dele está mais agressiva. Como os arranjos já estavam bem-definidos, a hora que o rec foi colocado, a gente só se preocupou com a timbragem das coisas. Então, eu sinto que ele está um pouco mais visceral, mais orgânico, e aí você consegue sentir as nuances de todos os instrumentos, fica mais cheio. É um lance de rock mesmo, as guitarras são mais altas, a voz fica um pouco mais baixa.
Di: E não foi nada que a gente pediu, foi muito natural, não nos prendemos a nada. Acho que por isso a parada está tão sincera.

Acho que o CD está bem-resolvido.

Di: Isso aí, gostei!
Daniel: Essa definição foi ótima.
Fi: Eu diria que está mais bem-resolvido (risos). Coloca aí só pra pensarem que foi a gente que falou!
(todos riem)

Vocês mesmos que postam no Twitter do NX Zero?
Di: Sim. A gente tem o oficial (@nxzerooficial), em que falamos para o presidente do nosso fã-clube, que viaja com a gente pra todo lugar, para ir colocando. Mas nas nossas contas pessoais a gente posta sempre. Agora mesmo eu estava colocando que a gente iria dar uma entrevista. Uma coisa legal foi que antes de o CD sair, nós falamos: ''Olha galera, daqui a uma hora a gente vai falar o nome do CD novo.'' Aí, quando falamos, sabe aquele trending topics? (medição de tópicos mais comentados no Twitter). Então, o nome do nosso disco ficou lá em segundo lugar durante umas cinco, seis horas!
(as contas pessoais dos integrantes são @caco_grandino, @ferrerodi, @geerocha, @ _filipe_fi, @daniel_weksler)

Os clipes de vocês são muito bons, bem produzidos...

Di: Obrigado, tirando Razões e Emoções, né?
(todos riem)
Gee: A gente está preparando o clipe da música Espero a Minha Vez, queremos fazer o melhor de todos.
Daniel: Estamos conversando com o Oscar Rodrigues que já fez muita coisa pros Titãs, fez o último do Lenine, que ficou lindo, estamos tendo umas ideias muito boas!

Vocês sempre participam da pré-produção?
Di: Depois de Razões e Emoções, sim! (risos)

Vocês não gostam mesmo dele, né?

Caco: A gente nunca gostou (risos). Vamos falar a verdade, gente! (risos). Eu acho aquele clipe horrível!
Di: Eu acho que o clipe é muito novo pra nossa época, ninguém entendeu (risos).
Gee: Eu já acho que faltou uma finalização, o clipe ia ficar bom, mas não ficou.
Di: Mais uma vez conversamos com o pessoal do Skank e falamos que tínhamos um clipe que não gostávamos e eles disseram que toda banda tem um.
Caco: O mais engraçado é que não tínhamos visto antes, porque falaram pra gente: a estreia do clipe vai acontecer em um programa da MTV, ao vivo, vocês só vão ver na hora. Aí você imagina, quando passou ao vivo, a expressão de todos nós era: ''O que está acontecendo?''
Gee: Foi falta de comunicação.

Vocês têm um estilo definido?
Caco: Rock pop psicodélico punk e ska! (risos)
Di: A gente já tentou definir, mas hoje acho que conseguimos um espaço muito legal em que o pessoal ouve o começo de uma música nossa e já sabe que é NX Zero.

Perguntei isso pro Fresno e pergunto a vocês: há rivalidade entre bandas?

Di: Há entre os fãs de bandas e entres os próprios fãs do NX Zero.
Caco: De uns tempos pra cá, a galera começou a encarar banda como time de futebol, levantam a bandeira. Nos Estados Unidos, isso é diferente, se o cara gosta de uma banda de rock, ele gosta de mais oito do mesmo segmento.
Gee: O que o Caco quer dizer é: ''não briguem!'' (risos)

Vocês já se assustaram com o assédio dos fãs?

Di: Várias vezes. Você precisa ver como é terminar o show e ficar dentro da van e ver a galera batendo. Quase vira a parada toda! (risos)
Daniel: Assustador...

Como é viver de música?

Daniel: É maravilhoso, incrível, estupendo! (risos) Por mais que a banda acabe um dia, nos vejo tocando no porão de uma casa.
Caco: Somos muito novos! Assinamos contrato quando estávamos com 18 anos, hoje temos 23. Por isso, ainda tem muito chão. Se conquistamos tudo isso até agora, imagina quando chegarmos aos 30.

Vocês querem gravar outro DVD?
Di: Pra falar a verdade já estamos captando imagens de bastidores como agora.
(o grupo estava com uma câmera fotográfica no momento da entrevista)
Gee: Por falar nisso, vocês autorizam a utilização da imagem de vocês? (risos)

Os pais sempre apoiaram a decisão de vocês de serem músicos?
Daniel: Mais ou menos. Quando eu larguei a faculdade, minha mãe me disse: ''Tomara que você seja muito bom no que está fazendo pra largar a faculdade''.

E o que não fazem mais por falta de tempo?
Di: A primeira coisa é dormir. A segunda é não ver alguns amigos que a gente gosta de ver e tem muita saudade.

E vocês conseguem sair nas horas vagas? Baladinhas, barzinhos...

Caco: Até nos momentos vagos, ficamos juntos. Nos reunimos um na casa do outro e ficamos por lá.
Gee: É, não aguento mais (risos).

Todos namoram?
Todos: Todos!

Que sem graça para as fãs...
Gee: Mas quando éramos solteiros já rolou de ficar com fã...

Vocês já realizaram o sonho de vocês, como banda?
Di: Queremos tocar no mundo inteiro e isso já está virando realidade. Temos fãs no Chile, no México e queremos conquistar cada vez mais. O nosso sonho é tocar fora do país e cantar em outras línguas.
Gee: Mas olha, chegar no terceiro disco é uma vitória! Não é fácil!
Di: É mesmo! Conseguir chegar no terceiro e se reinventar é um sonho mesmo!

Confira o making of da entrevista:

Fonte: Revista Contigo


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